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7 meses e 9 dias na maior cidade do Brasil

 

Estou reaprendendo a gostar de São Paulo. Como bem disseram, a adaptação é longa mas vale à pena. O stress é constante, as pessoas não tem muito tempo para serem educadas e a foto acima mostra como fica o metrô na hora do rush. Ainda assim, tem se tornado divertido ver as peculiaridades da cidade: os bares-lanchonetes que tem o mesmo painel – apenas com o nome diferente -, as rodas de samba em plena Liberdade, a variedade gastronômica… está melhorando.

As baladas são fantásticas. É sério, os lugares são muito bonitos, as pessoas se vestem muito bem e o ambiente todo costuma ajudar – inclusive a música, até hoje não fui a nenhuma balada que tocasse música ruim. As filas são chatas, então o negócio é aprender a lidar com elas: ou chegar MUITO cedo ou chegar MUITO tarde na balada. Nesse caso, vale à pena qualquer um dos dois, o primeiro garante balada vazia, sem fila e a liberdade de dançar à vontade; o segundo garante um esquenta logo e animado em casa ou em algum dos milhares de bares legais da Augusta e região para enfim se acabar na pista.

A cidade transpira cultura. Movimentos sociais dialogam entre si na internet o tempo todo e marcam passeatas, marchas e encontros por toda a cidade, especialmente no vão do MASP. Na foto acima dá para ver o começo do que foi a Marcha da Liberdade há algumas semanas em São Paulo, baseada na diversidade de diversos grupos e movimentos. Dezenas de teatros, opções culturais gratuitas e museus interessantes recheiam essa mistura.

Da janela do mestrado, a Sé. É divertido e interessante estudar do lado de um dos cartões postais da cidade. Vê-se de tudo: pregações sobre o fim do mundo, dezenas de indivíduos vendendo e comprando prata e ouro, muitas lojas de departamento, bancas que oferecem de tudo e todo o tipo de contravenção nas vielas e ruas paralelas à praça (quem diz que não, é cego ou não admite). Mesmo assim, butecos charmosos e música animada costumam marcar a região à noite, de segunda a domingo – e é um convite a um happy hour diferente.

我爱 巴西。Ou, “Eu amo o Brasil”, das aulas do Instituo Confúcio, que também funciona no mesmo prédio do mestrado, esse que dá uma vista interessante para a Catedral da Sé. Estudar mandarim é outra peculiaridade de São Paulo, afinal, trata-se de um local específico de cooperação com o governo chinês e que só agora começa a pensar em passar para outras cidades do país (apesar de já ter em algumas como Porto Alegre, se não me engano).

Enfim, São Paulo está me conquistando. Aos poucos, mas está. Vejamos o que mais a terra da garoa tem…

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